sábado, 18 de julho de 2009

Com fé vencemos qualquer obstáculo! Força Luiza!!!

Hoje vou contar um pouco da história de uma menina (surfista, lógico, rsss), sorridente e muito carismática. O nome dela é Luiza Romann. Cresceu e aprendeu a amar o surf nas ondas de Ubatuba. É uma daquelas pessoas que você tem certeza que será uma eterna criança, sabe?! O tempo pode passar, a vida obrigar a amadurecer, experiência acumular, mas o espírito será sempre jovem.

A primeira vez que vi a Lulu, foi no Festival Surf Trip de surf Feminino, em 1998. Acho que foi o evento que fez com que todas as surfistas que existiam no país se encontrassem. A Lú era bem pequena e impressionava todos por onde passava, por ser umas das mais novas do evento e já mostrando muito talento.

Dali pra frente, competimos juntas nos eventos estaduais e nos brasileiros amador. E também nos profissionalizamos em épocas parecidas, então foram anos e anos de competição ao lado dela.
Lú é super guerreira nas baterias e tem um surf bonito, um estilo bem feminino e ousado.

Luiza rasgando com muita pressão.

Cavando com estilo...

...e flau!!

Lulu manobrando forte e mostrando que tem muito estilo fora d´água também.

Nos divertimos bastante durante as viagens, era risada garantida dentro e fora d´água. Várias e várias baterias juntas, ganhando e perdendo.

Luana Prado, Jahia Bettero e Luiza Roman, só risada..e nada de sair esse jantar..hehe. Prainha, Itacaré - 2005.

Petrobrás Feminino, praia da Tiririca - 2005. Eu, Luana (beeem protegida do sol da Bahia), Celeste, Nina, Luíza, Jahia e Pedro Falcão no centro.

Amigas - atletas - reunidas na casa. Eu, Sílvia Nabuco, Luiza, Karina Barbosa (Brigadeiro), Claudinha Gonçalves, Celeste, Nina e Luana.

Petrobrás - Ipanema, Rio de Janeiro. Luiza, Bru, Fernanda, Sílvia e Aninha.

Super Surf, Barra da Tijuca. Simone (prof. de ioga) , eu, Claudinha, Sílvia e Lulu.

Super Surf - Costa do Sauípe. Momento relax vendo as baterias. Luíza, Brigadeiro, eu e Clau.

Teve até uma vez num Super Surf em Garopaba, que rolou uma situação chata de interferência numa bateria e fiquei chateada com ela. Nós duas perdemos nessa bateria. Rss. Depois, na pousada esfriando a cabeça, vi que estava errada em ficar chateada. A Luiza tem ótimo caráter e afinal, bateria é bateria.
Luiza resolve, então, partir para uma nova fase. Viaja para Austrália, assim como vários brasileiros, para conhecer a incrível terra dos cangurus e vai atrás de novas oportunidades.
Aprimora seu inglês, tem novas experiências e surfa algumas das melhores ondas do mundo.
Luiza na Austrália.

Luiza e Mick Fanning - Aus.


Algum tempo depois, se muda para França. Ao lado de suas amigas Celeste Fossá e Luana Prado, também de ubatuba, vivem novas aventuras e aprende mais uma língua para ampliar seu conhecimento. Além de claro, aproveitar para conhecer o potencial das ondas francesas.

Lú, só alegria na França.
Luana, Celeste e Luiza. Trio brazuca, de Ubatuba para França.

Luiza Romann.


Está tudo certo, mas Deus com um propósito maior colocou um novo obstáculo na vida de Luiza.
Um acidente de carro a deixa gravemente ferida. A notícia abala todas as pessoas, pois Luiza é extremamente querida por todos que a conhecem e a admiram.
Na noite de 29 de abril de 2009, quando voltava para casa sozinha dirigindo, o carro se chocou contra uma árvore. Não se sabe exatamente o que aconteceu, se ela dormiu, se algum animal cruzou a pista ou se ela simplesmente perdeu o controle do carro. Ela teve um traumatismo craniano e uma lesão na coluna vertebral. Uma cirurgia de emergência foi realizada.
Diante todo pensamento positivo que fora enviado a ela, recebemos a notícia de que não corre risco e está fora de perigo, mas uma parte da notícia ainda causa muita dor a todos. Lú não está sentindo as pernas.
Nos primeiros dias no hospital, os médicos disseram que as chances dela voltar a andar eram muito pequenas, mas com o decorrer dos dias a opinião deles foi ficando mais otimista.
Graças às orações de todos e a força de vontade dela, as chances de se recuperar estão aumentando e ela vem respondendo cada vez melhor ao tratamento.

Luiza rodeada de amigos durante sua recuperação. E Celeste sempre ao seu lado.

As orações tem um poder supremo, então, se cada um que ler esse texto puder mentalizar a Luiza caminhando, correndo, feliz, pegando altas ondas; é muito provável que isso aconteça antes do que imaginamos. E todos nó podemos ajudá-la a conquistar essa vitória.
Aloha
Bruninha

terça-feira, 14 de julho de 2009

PARABÉNS MEDINA!!!!

Um feito inédito aconteceu na etapa do WQS 6 estrelas realizado na praia Mole em Florianópolis.
O jovem Gabriel Medina, de apenas 15 anos, levou a etapa e se tornou o mais jovem atleta brasileiro a disputar uma final no circuito mundial.

Gabriel nos braços da galera!!! =)

Numa final totalmente verde-amarela Gabriel venceu o experiente surfista Neco Padaratz, que também ergueu a bandeira no segundo lugar do pódio para orgulho de todos brasileiros.
Os dois atletas com histórias e tragetórias bem diferentes, emocionaram o público com a disputa dentro d´água e com os discursos que deram no palanque.
Dentro d´água rolou um verdadeiro show de surf durante todo o evento. E após a final, ficou claro que os dois atletas são verdadeiros guerreiros e mereciam realmente chegar aonde chegaram.

Medina em sintonia total com as ondas!

Gabriel mostrou um surf sólido e uma variedade de manobras executadas com perfeição. Tubos, aéreos, batidas, floaters e rabetadas que foram acendendo sua estrela bateria após bateria, rumo à vitória. Fez o surf que os juízes querem ver. Usou toda radicalidade, fluidez, velocidade, controle e diversidade de manobras. Administrou com calma e segurança os momentos que manteve e que buscou a prioridade, refletindo a experiência de um atleta prodígio.


Neco Padaratz, 2º colocado. Catarinense que já fez muita história na praia Mole.

Neco vinha de uma séria contusão, que o deixou afastado das competições durante um bom tempo. Teve uma recuperação dolorida fisicamente e psicologicamente. E quando muitos não acreditavam mais que seu potencial era o mesmo, ele mostrou que pode ser até melhor. É só acreditar e lutar! Despachou adversários difíceis e se concentrou para chegar até a bateria final.
Gabriel cresceu nas areias de Maresias e desde bem pequeno surpreendia aqueles que o viam surfar. O resultado deste campeonato pegou todos de surpresa, até o próprio Gabriel, pois chegou antes do que todos imaginavam. Mas não era imprevisível, pelo contrário. Seu talento era nítido e ele já vinha carimbando seu nome em campeonatos amadores e mundiais que participava. Conquistando seu espaço, conhecimento e respeito dos outros adversários.

Gabriel e Charle, pai, técnico, companheiro e grande responsável pelo sucesso do filho.

Vale lembrar que além desses dois atletas, o Brasil foi muito bem representado por outros dois brasileiros que ficaram com a 5ª colocação. O paulista Miguel Pupo que arrasou durante todo o evento com um surf incrível, mas que não deu sorte na sua bateria das quartas de final sendo barrado pelo havaiano Dusty Payne. E o potiguar, Jadson André que deu um show com seus aéreos, mas não conseguiu avançar quando encontrou pela frente um inspirado Neco Padaratz que parecia atropelar qualquer adversário que aparecesse. Com essa colocação, Jadson agora é o novo líder do ranking mundial WQS. E parte para as próximas etapas disposto a defender a liderança e a vaga tão sonhada na elite mundial do WCT.

Miguel surfando com ousadia para arrancar bons scores nas baterias.
Jadson estrapolou da sua facilidade em completar aéreos radicais e levantou o público.


É isso aí, esses jovens talentos fazem dar mais gosto de torcer pelos brazucas nos eventos mundiais. Eles estão chegando para reforçar o time dos veteranos que já representam o país há muito tempo abrindo caminho e deixando claro o potencial dos nossos atletas. Fica aqui a minha torcida para que cada vez tenhamos mais representantes no tour mundial.


Miguel e Gabriel, representando São Sebastião no melhor estilo!!

Gabi, valeu!!! Você nos encheu de orgulho!!!
Aloha
Bruninha

sábado, 4 de julho de 2009

Circuito Petrobrás Feminino

A primeira etapa do Circuito Petrobrás de Surf Feminino aconteceu em Natal, na praia de Ponta Negra, reunindo conhecidos e novos talentos do surf feminino nacional.

Nesta época do ano não é comum quebrarem boas ondas, dificilmente entra um bom swell. O que compensou foi à alta temperatura da água e o alto astral que contagia a todos.

As baterias rolaram em condições difíceis, com séries escassas e ondas com pouco potencial. Mas em todas as categorias as meninas demonstraram um surf bonito com muito estilo, e as pequenas ondas não foram problemas, pois pudemos ver um show de surf.

Na categoria Grommets a pequena Sandra Maria, a Sandrinha, levou o título surfando confiante e com muita atitude para convencer os juízes e fazer a festa com a torcida de Ubatuba. Em segundo ficou Karol Ribeiro, do Rio de Janeiro. Em terceiro, Ana Helena Souza, local de Natal; e Bruna Andrade também de Natal, em quarto.
Todas foram super campeãs, deram um show encantando todo o público.

Na Mirim a campeã foi Bárbara Segato, do Espírito Santo. Ela é um novo talento nítido que vem dando provas disso em cada evento que participa. Em segundo ficou a carioca Isabela Lima, deixando em terceiro, Stephanie Freitas, do Ceará e em quarto a paulista Rosângela Lins.

Na categoria Júnior a ubatubense Natali Paola ficou com o troféu de primeira colocada, mostrando um surf consistente e uma boa leitura das ondas. Participando de mais uma final, Stephanie Freitas ficou desta vez com a segunda colocação. Bárbara Muller, de Santa Catarina em terceiro e a potiguar Alessandra Ramos em quarto.

Na final Open a catarinense Bárbara Muller dessa vez dominou a bateria composta por três cearenses conhecedoras natas daquele tipo de onda e que vinham apresentando forte sintonia com o mar. Bárbara competiu no circuito pela primeira vez e já chegou carimbando seu nome levando para casa o troféu do lugar mais alto do pódio. Em segundo ficou Nayara Silva, em terceiro a recordista de participações em finais nessa etapa, Stephanie Freitas e em quarto a experiente surfista Rafaela Bahia.

Na mais importante das categorias, a Profissional, que vale como divisão de acesso para o evento nacional Super Surf, quem se deu bem e ficou com a primeira colocação foi a paraibana Diana Cristina.



Tininha, como Diana é conhecida, chegou ao evento sem patrocinador e merece estar disputando campeonatos mundiais, levando o nome do Brasil para orgulho de todos brasileiros. Não é de hoje que esta menina é um sucesso e com certeza se tiver uma boa estrutura para direcioná-la será mais um fenômeno que surpreenderá a todo o mundo.





Em segundo ficou Suelen Naraísa que surfou muito durante todo o evento e que já havia ganhado esta mesma etapa aqui no ano passado. Mas faltou uma boa onda para que Suelen virasse a bateria e terminou com o vice-campeonato. Em terceiro, Juliana Quint de Santa Catarina e em quarto a carioca Andréa Lopes, ambas vinham surfando muito bem em todas suas baterias.

Pódio categoria profissional.
Eu avancei uma fase em uma bateria de pouquíssimas ondas e fui barrada nas quartas de final, ficando em nono lugar no evento. Essas condições não são o meu forte, mesmo eu treinando bastante quando o mar está pequeno para me soltar mais e surfar com mais fluidez nesse tipo de mar.

Laila Werneck, organizadora do Circuito mais uma vez deu show!
Em um ano difícil, onde vários eventos estão sendo cancelados, está confirmada a realização do nosso Circuito Feminino, do qual todas nós meninas devemos dar muito valor. Quem participa ou já participou sabe o quanto é gostoso estar lá. O tema desta etapa foi: 2009, o ano internacional das Fibras Naturais. Informando as pessoas sobre o benefício do consumo desses produtos.

Foi muito bom rever todas as amigas que vejo praticamente só em campeonatos, e ver o nível de todas as meninas, de todas as categorias evoluindo tanto.

Agora o negócio é retornar aos treinos e concentração para um bom resultado no próximo campeonato.

Aloha

Bruninha

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Super Surf - 1ª etapa - Guarujá

A primeira etapa do Circuito de Surf Brasileiro Profissional Super Surf, foi realizada na praia de Pitangueiras, Guarujá, litoral de São Paulo.

Durante todo o evento rolaram boas ondas. No domingo o mar subiu um pouco e apresentou ondas mais consistentes que proporcionaram excelentes condições para um show de surf nas finais.

Jano Belo foi o campeão da categoria masculina derrotando Gustavo Fernandes na final. Os dois atletas mostraram um surf de alto nível, deixando claro porque estavam disputando uma final tão importante. Em terceiro lugar ficaram Pedro Henrique e Willian Cardoso.

Pódio Masculino
Jano Belo

Gustavo Fernades

Pedro Henrique

Willian Cardoso

No feminino a grande campeã foi Suelen Naraísa, que começou o ano com o pé direito ao conquistar o primeiro lugar e agora defende seu favoritismo para levá-la ao seu primeiro título de campeã brasileira profissional. Suelen já foi vice-campeã brasileira por mais de uma vez, e agora luta por seu objetivo de subir no lugar mais alto do pódio no final do Circuito.
Nesta primeira etapa quem ficou com o vice foi Andréa Lopes, que enfrentou difíceis baterias para chegar à final. Dividindo a terceira colocação, Nathalie Martins e Camila Cássia; dois grandes talentos brasileiros da nova geração que já vem conquistando espaço e mostrando a evolução do surf feminino no país.

Pódio Feminino

Suelen Naraísa

Andrea Lopes

Nathalie Martins

Camila Cássia.


Eu não encontrei boas ondas na minha bateria e acabei perdendo na primeira fase, onde as baterias são formadas por três atletas. Caí junto com Suelen Naraísa e Cláudia Gonçalves, duas grandes amigas minhas dentro do Circuito, e duas ótimas atletas. Dentro d´água a amizade não entra, pois cada uma está lá para realizar seu trabalho da melhor maneira possível. Eu não escolhi boas ondas, e Cláudia que é local do pico, e Suelen, encontraram ondas melhores avançando para próxima fase.
Eu estava hospedada junto com a Suelen e com a Brigitte Mayer na casa da Claudinha. Assim, acompanhei-as todos os dias durante o evento. Pegamos boas ondas no canto do Maluf, ao lado da área de competição e nos divertimos bastante. Assisti diversas baterias analisando táticas e estratégias importantes dos atletas para avançarem em seus confrontos.

Time feminino observando as baterias. Brigitte, Cláudia, Georgia Paschoal, Gabriela Teixera, Suelen e Bruna.

Bru e Cláu - Pitangueiras, Guarujá.


A vitória da Su foi muito comemorada. Ficamos muito felizes porque quem a conhece sabe que ela merece!

Suelen começando o ano com o pé direito.

Só não deu para comemorar mais porque era dia das mães e depois da final eu parti para São Paulo para passar o dia com minha mãe e matar a saudades de toda família.
Foi um ótimo domingo!
A próxima etapa do Super Surf rola em Salvador, na Bahia, mas não haverá a categoria feminina nessa disputa. Somente na terceira etapa que será realizada em Ubatuba, no mês de julho, é que o confronto feminino volta a acontecer junto com o masculino.

Jano e Suelen, campeões da 1ª etapa.

Aloha
Bruninha